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A Bridget Jones Portuguesa

O diário de uma marketer a tentar levar uma vida mais saudável

É à quarta-feira que se começam as dietas

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A Dra. Catarina é uma querida. Tanto ela como a D. Graça, rececionista, são uns amores.

 

Apesar de já ter passado bem mais de um ano, desde a última vez que lá tinha estado, lembraram-se de mim e fizeram questão de o demonstrar em palavras. Foi importante, confesso. E aquela forçinha extra da D. Graça sempre que espero pela minha vez ... 

 

Bem, ponto da situação? 

 

Continua muito semelhante à última avaliação física que fiz em Março de 2018 com a diferença que, desci ligeiramente a Massa Muscular e, em contrapartida, aumentei a Massa gorda. Não houve grande alterações no peso, mas houve na % de MM vs MG.

 

Daí tantas vezes dizerem que: não é o peso que conta!!  Mas isso, já eu sabia (haja alguma coisa)! Tanto que, à minha volta continuavam a dizer "estás igual", mas eu vejo o estado da nação quando dispo a roupa. 

 

O plano alimentar que a Dra. Catarina me deu, parece bastante bem. A única dificuldade vai ser em tirar o arroz e a massa e substituir por outros alimentos como o cuzcuz, o grão de bico, o feijão... etc e tal! Isso sim vai ser difícil  como a breca porque nunca fez parte da minha alimentação! A batata doce posso comer (graças a deus), mas quer que eu varie e não coma sempre o mesmo. Quando fiz uma careta disse-me: "se funcionar com o teu corpo e se se vier a comprovar, com as analises, que sofres de SOP, terás de te alimentar consoante aquilo que te fizer melhor." *um minuto de silêncio pelo arroz e pelas massas fachâvor*

 

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Hoje foi o dia 1! O meu inicio de Janeiro e segunda-feira. Tudo junto, num só dia: numa quarta-feira.  hoje comecei e com vontade, mas já tive algumas provações, não pensem! A diferença é que não lhes dei ouvidos: aquela fome antes do almoço foi morta (só) com o almoço; e aquela vontade incooontralável por um quadrado de chocolate a acompanhar o café, afinal foi controlável sim! 

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Compulsão alimentar em retrospectiva

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No Domingo à noite caiu-me a “ficha”.

 

No cinema, durante o intervalo do filme, sem energia, mole e cheia de sono, olhei de soslaio para a Joana e
vi-a devorar o pacote de pipocas e pensei no quão cheia estava para nem sequer uma mini pipoquinha
caber-me dentro do estomâgo. Foi quando comecei a analisar, em calorias, o meu fim-de-semana ...

 

(Ora vejam do que se trata quando falam em compulsão alimentar e fome emocional)

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Pensei imenso antes de escrever esta publicação. Podia simplesmente fechar-me na minha vergonha e niguém saberia tudo o que comi durante o fim-de-semana... nem eu teria “consciência” disso. Faria Fast Forward e, pronto, já estava...Continuaria a dizer que estou a fazer dieta e a ir ao ginásio, mas os resultados nunca  apareceriam... e eu diria (como digo sempre): “parece que com os anos esta porra de emagrecer fica  mais difícil. Ou então é a dieta que é desajustada...”... mas a minha favorita é “eu nem percebo porque é que não consigo emagrecer. Tenho uma alimentação saudável”. Para rir não é?

 

Não, na verdade não dá vontade de rir, só de chorar! Quando em retrospetiva vejo o fim-de-semana
alimentar que tive ... e atenção, falo em fim-de-semana, mas durante a semana também cometi certos pecados,
Penso: “como é possível que arranje forças para me levantar às 06:20 da manhã, quatro vezes
por semana para ir ao ginásio, e depois deite tudo a perder no que toca à comida?”

 

Não é fácil. Fala-se muito em distúrbios alimentares como a anorexia, a bulimia... mas pouco sobre a
compulsão alimentar (apesar de cada vez se ouvir mais sobre este problema). É ansiedade, são medos,
são as expectativas, as pressões, é a tristeza, são restrições excessivas... são um N de situações que podem
despoletar isto e que só sossega quando o estomago está cheio e quase a rebentar pelas costuras. É a cabeça
e a autoestima que vão abaixo a cada alimento processado que metemos à boca e arruinamos todo o
trabalho de uma semana.

 

A cabeça... a cabeça tem tanta força na nossa vida. Cada vez mais digo e repito: acredito que o bem-estar,
que ter saúde, começa (e termina), na nossa saúde mental; ter saúde psicológica, ter uma mente saudável,
trás tudo o resto consigo. Já o inverso não estou certa de que aconteça.

 

Para esta semana não vou colocar objetivos inalcançáveis. Não vou colocar pressão e obrigar-me a ir ao
ginásio 4/5x por semana... vou simplesmente respirar e ter calma...vou criar metas e objetivos de curto prazo,
mas reais.

 

Vou, tentar, cuidar mais de mim. Da minha mente.
Vou parar e pensar nas escolhas, nas pequenas escolhas, que estou a tomar diariamente.

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Sou uma Bridget à séria

A Bridget Jones começava sempre os dias a escrever no seu lindinho diário o seguinte: peso, a quantidade de cigarros fumados e o nº de copos de vinho que mandava a baixo ou estarei enganada? Poderia não ser por esta ordem, mas algo semelhante deveria de ser... E eu, a jeitos que deveria de começar a fazer o mesmo...

 

Isto porque, criei este blog dia 10/10/18, com o intuito conseguir manter um estilo de vida mais saudável e ativo - estava eu na expectativa de que, ao ter um cantinho onde pudesse partilhar as minhas conquistas diárias (aka não comi 3 folhados mistos e um pacote de batatas fritas) com outras pessoas, estaria a criar um compromisso comigo e com "os outros" e a contribuir para a continuidade da coisa... - mas na realidade passou-se um mês e eu continuei no ataque aos folhados, às batatas fritas, aos petiscos e à carninha com molho de natas.... *ai deus* 

Como driblar o estresse do fim do ano

Esta falta de vontade que habita em mim, esta inercia que tem andado de braço dado comigo nos últimos 4 anos, tem sido algo que me assusta... 

 

Àquelas pessoas que dizem "só não faz dieta quem não quer. Fazer dieta é fácil, difícil é manter", tenho a dizer: isso é tudo lindo, (perdoem-me os mais sensíveis o palavreado que vou empregar)mas é uma grandessíssima merda! 

 

Nem fazer dieta, nem manter é fácil.. Não, não é! São ambas igualmente difíceis. Não é, como já li por aí algures num blog, fechar a boca e inscrever num ginásio e já está! Fazer dieta, reeducar hábitos alimentares, é muito mais do que isso. Envolve muita força de vontade, muito foco e força para dizer que não às mil e uma tentações que nos rodeiam... ou porque é verão e há mil petiscadas e esplanadas ao final do dia para disfrutar de uma imperial e de um gelado, ou porque é inverno e a comida quentinha (e pesada) é que nos sabe bem, ou porque "chegou" a altura do natal e temos sempre jantares de natal, com grupos diferentes, todas as semanas, ou porque está muito frio e não apetece ir para a ginásio, ou pelo contrário, está muito calor.

 

No fundo, é difícil porque a nossa cabeça inventa desculpas e é aí que temos de trabalhar. E meus amigos, trabalhar o psicológico não é nada, nada fácil! 

 

 

Sobre promessas falhadas


Desde que me lembro de ser gente que a minha relação com a comida é bastante emocional. Estou triste, como. Estou aborrecida, como. Sinto-me sozinha, como mais um pouco. Tive um desgosto amoroso? Como! 

Comecei a ter noção desta realidade mais ou menos por volta dos meus 15 anos. Na altura deveria andar no meu 8º ano. Tínhamos mudado de casa e, consequentemente, mudei de escola. Saí do sítio onde nasci, larguei as pessoas que desde o meu 1º ano acompanhavam o meu crescimento e fui para um sitio novo. Um sitio onde, tal como a minha antiga realidade, todos se conheciam desde infância. 

A adolescência é uma fase péssima. Pelo menos é assim que vejo a minha. Cada vez acredito mais que, as experiências que são tidas nessa altura e o acompanhamento que se faz das mesmas é importantíssimo para o desenvolvimento da personalidade de uma pessoa - mas isso é tema para outras núpcias

15 anos. 72kg. Vestia o 44 de calça. Suava imenso das axilas - era maioritariamente uma questão hormonal, mas o peso não ajudava nada à festa - chegava  a levar uma blusa "suplente" dentro da mochila da escola para mudar no intervalo. 

Apesar do número na balança, da minha altura e do IMC indicar excesso de peso, tenho uma estrutura corporal bonita. E eu passo a explicar - se tem um corpo bonito, porquê esta conversa toda? - o formato do meu corpo é de pêra. Ou seja, não tenho barriga, mas tenho uma anca saliente - jeitosa mesmo, diga-se de passagem - não obstante, tenho uma tendência para engordar assim (geneticamente) simpática. O que acontece é que independentemente de ter curvas bonitas ou não, essa curvas são feitas de: gordura. Sim, gordura! Descobri isso mais tarde quando o conceito - % de Massa Gorda e Massa Magra - entraram no meu dicionário. Para além disso, faço imensa retenção de líquidos e - as(os) mais sensíveis que me perdoem, mas não há forma bonita ou limpinha de dizer isto - tenho um intestino muito preguiçoso o inevitavelmente se traduz em CELULITE. Curvas, mas carregada de celulite. 

Foi mais ou menos no meu 12º ano - não tenho tanto a percepção temporal em termos de idade como acontece com a maioria - na minha memória os "registos estão arquivados" por experiência académica (eu disse que aqui não se aprendia nada) - que, de uma forma inconsciente e despreocupada, comecei a tomar atenção ao que comia e a incluir o exercício físico na minha vida de uma forma quase diária. 

Quando entrei para a faculdade o meu peso já rondava os 66Kg e, na altura, o entusiasmo era tanto de ver o meu corpo a mudar, a perder peso e a definir formas bonitas que apliquei-me como nunca naquela "jornada" e cheguei mesmo à melhor condição física que alguma vez tive: 60,9Kg. 17%MG; Idade Metabólica: 16 anos. 2013 foi sem dúvida um ano de ouro para mim.

O que aconteceu depois? Depois vieram as festas e veio o álcool. Foi no final de 2013 que comecei a consumir álcool  com uma regularidade a que o meu corpo não estava habituado. As idas ao ginásio eram cada vez menos frequentes. Todos os fins de semana havia um evento qualquer e se não houvesse fazíamos nós a festa na casa de alguém. Daí ao deixar de ir ao ginásio foi um "instantinho". Não apetecia. A rotina que antes tinha "ficava a cada bolo" mais difícil de retomar e pensava "vestida, até nem estás assim tão mal". Foi o "deixa andar" completo.

5 anos passaram e nós estamos como? 69Kg. 35%MG. Idade Metabólica: 39 anos. Muita coisa aconteceu em 5 anos, mas acima de tudo: muitas dietas falhadas. Mais do que gostaria de admitir.

5 anos de dietas io-io. 5 anos de vou ao ginásio loucamente durante 3 semanas e depois não meto lá os pés durante 3 ou 4 meses. 5 anos de muitos "começo amanhã", "na segunda-feira é que é", "agora estou de férias, mas quando recomeçar no trabalho aí é que vai ser", "é natal, mas quando começar o ano 201x é que é". 5 anos de muitas desculpas, de muita falta de comprometimento, de amor próprio. Mas sobretudo 5 anos de muitas desilusões com os outros e comigo mesma que resultaram em inúmeras compulsões alimentares, muitos "vou comer para esquecer" porque de facto, empanturrar-me em comida aconchegava-me, deixava-me menos triste, pelo menos até à ressaca. 

Podia agora ter um discurso atenuador e misericordioso. Dizer que a culpa foi das situações que passei, desta necessidade de me refugiar em comida para me sentir melhor, mas a verdade é que não nos podemos definir com base nas coisas menos boas que nos acontecem. Certamente que não somos impermeáveis às mesmas, mas aquela caixa de batatas pringles, um big tasty e umas massas cheias de natas (tudo num dia) compensará? Deixar-te-á menos triste?

Perder peso é difícil, ganhá-lo todo outra vez é fácil. Essa realidade eu conheço bem. Agora quero conhecer o outro lado. Não à segunda-feira. Não no inicio do próximo mês. Muito menos no inicio do próximo ano. Não. Agora!

Sinto que ao criar esta página, crio um comprometimento com cada pessoa que me lê. Acho que quando partilhamos, ganhamos mais do que perdemos.

Podia continuar a dissertar sobre vários temas que aqui abordei - e foram tantos e ainda que em comum, tão diferentes - mas este post já vai longo.. e a probabilidade de o lerem até ao fim reduz a cada palavra que lhe adiciono.

Mude! Adapte-se! Seja livre! Viva!!                                                                                                                                                                                 Mais


O Diário da Bridget Jones Portuguesa

O meu nome é Jéssica, mas também conhecida por Titas, sou uma jovem de 25 anos que já sofre com o peso dos (quase) 30 anos - sim malta, não gozem porque daqui aos t-r-i-n-t-a tenho cá para mim que vai ser um tirinho.
 
Sou apaixonada por animais. Gosto imenso de viajar, mas ainda tenho muitíssimos sítios novos por descobrir. Gosto de bons livros e bons filmes. Gosto de escrever, apesar de, já não o fazer com tanta regularidade. Não gosto de touradas (abomino) apesar da minha família ser aficionada. Gosto da primavera, mas adoro blusas de malha. Gosto de cozinhar - bolos em particular -, mas acho que nunca ficam bem.  Não gosto de noitadas. Gosto de estar apaixonada (pela vida). 
 
Feitas as apresentações (sumárias) em jeito de Alta Definição, de que se trata afinal este blog e o que podem esperar daqui? Hum... Fitness? Lifestyle? Receitas? Uma nova Miss Fit? #iwish ! Não. Este blog mais facilmente se assemelha à realidade de uma Bridget Jones do que de uma Miss Fit - entenda-se no que ao fitness diz respeito. 
 
No fundo, vai ser uma materialização da luta diária por uma % de massa gorda (muuuito) mais baixa, idas ao ginásio mais regulares, rabiosque no sitio e quiça daqui a um ano poder utilizar a hashtag #missfitteam sem me sentir uma fraude. 
 
 
Caramelle&Paturnie: Noi, la Bellezza e la cellulite: io dico No!
 
 
 
 
 
 

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