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A Bridget Jones Portuguesa

O diário de uma marketer a tentar levar uma vida mais saudável

Sobre o (meu) Janeiro

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Janeiro "já foi". Hoje é o último dia do primeiro mês do ano 2019. 

 

Passou-me um camião por cima. Não literalmente falando, mas sinto como se assim tivesse sido. Tenho a certeza que mais coisas aconteceram durante os 31 dias de Janeiro, mas eu não consigo enumerar nenhuma para além desta.

 

Não gosto de dizer, à boca cheia que, esta é a memória que irá marcar o meu 2019: não vá o diabo estar a ouvir e, com vontade de brincar, pregar uma rasteira maior ainda - sou o tipo de pessoa que não acredita em bruxas, mas que as há, há! - Ainda assim, tenho a certeza que, será uma das memórias mais importantes e tristes que levo deste ano. 

 

A esta memória tenho a certeza que lhe juntarei outra da mesma natureza. Afinal de contas, já são 14 de anos, mas aquece-me o coração saber que são 14 anos muito, muito, muitíssimo mesmo bem vividos. 

 

Só peço para que, os restantes meses do ano sejam mais complacentes com o coração. E que tragam saúde. Muita saúde! Porque no final do dia é tudo o que precisamos.

O resto? "agente" corre atrás! 

 

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O dia em que decidi pedir ajuda

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Aceitar que precisamos de ajuda, não é fácil. Pelo menos para mim, dona do meu nariz, critica nº1 das minhas falhas e lacunas, não é nada fácil! Acho que consigo sempre dar a volta a tudo, sozinha. Às vezes, não é bem assim...

 

Ontem enquanto mandava abaixo uma caixa de batatas fritas Pringles, depois de já ter virado (quase) uma caixa de bolachas húngaras, pensei para comigo na vida que andava a levar. Não só no que andava a comer, mas os motivos que me levam a comer - para além da gula hereditária que a minha rica mãe me passou- e que me sinto a fazerem afundar a cada dia que passa. 

 

Não é só o latente interesse por açúcar e alimentos processados no geral. É o crescente desinteresse por alimentar a minha vida em particular. Alimentar os sonhos com nutrientes bons, cortar com os açucares que preenchem os medo, as gorduras saturadas que desanimam os meus dias e fazem ser, só mais um dia. 

 

Cheguei à conclusão que preciso de uma reeducação alimentar, mas no que à vida diz respeito. 

 

Não acho que esteja deprimida, nem tão pouco a entrar numa depressão. A verdade é que sou uma pessoa alegre e muito sorridente, mas da mesma forma que o sou, também sou igualmente uma pessoa frágil e extremamente insegura. E apesar de não achar que esteja nesse estado emocional, tenho receio de estar alimentar (teorica e literalmente falando) esse estado da mente. 

 

E pensei "É desta. Tem de ser desta. Não podes vacilar mais e nem é pelas calças tamanho 44, os 100cm de anca ou os número a crescerem na balança. É mesmo por ti e pelo que trazes dentro do peito. Tem de ser desta, para provares a ti mesmo que consegues, que não é mais uma das tuas ideias inacabatas. Tem de ser desta para veres como também consegues."

 

Peguei no telefone e liguei à nutricionista onde fui há uns anos. Tem 4 consultórios e eu queria aquela nutricionista em especifico, por isso, julgava eu que só teria consulta dentro de duas semanas. Mas os astros alinharam-se e, consientes da minha necessidade, eis que a Dona Graça me diz que, há uma vaga para as 16:30h DE HOJE. 

Pois é, parece que não vou esperar pela segunda-feira, pelo dia 1 ou pelo próximo mês. 

 

Então, lá vai a Jéssica, durante a hora de almoço à procura das belas das avaliações fisicas que fez no passado... A minha luta com o peso e com a comida começou em 2013... Vai fazer 6 anos em Março que a minha guerra, interior, começou. 

 

Aprazéis este lindo quadro, digno de um filme de terror : 

 

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Pois é.. fiquem atentos pelas cenas dos próximos capitulos 

 

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Carta aberta ao meu coração (de quatro patas)

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Ainda não tinhas nascido e eu já te tinha escolhido o nome: "a última a nascer, preta, vai chamar-se Flicka". Quis a sorte ou o destino que, para além do nome, também escolhesse(s) que esta seria a tua casa. Eras a quinta deste disparate que um dia tivéramos de ter cinco cães. Talvez por isso a mais ciumenta. Não podias ver-me aproximar de nenhum outro cão e livre-se de quem tentasse aproximar de ti, tivesse quatro ou duas patas. Mas para mim eras de uma meiguice ímpar. Eras o meu lobo(ito) em pele de cordeiro. A (única) que eu ia buscar, à socapa, durante a noite para dormir comigo, e metia o despertador de madrugada para que o pai não nos descobrisse a manha. 

Esta vida madrasta levou-te de mim cedo demais. Cedo. Muito cedo. Obrigada por teres lutado com todas as forças que te restavam. Tenho a certeza de que te agarraste à vida por nós e só por nós.

 

Levaste um pedaço do meu coração contigo, mas um dia cobro-te, com juros, em beijos. 

 

Até já, meu amor. 

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Sou uma Bridget à séria

A Bridget Jones começava sempre os dias a escrever no seu lindinho diário o seguinte: peso, a quantidade de cigarros fumados e o nº de copos de vinho que mandava a baixo ou estarei enganada? Poderia não ser por esta ordem, mas algo semelhante deveria de ser... E eu, a jeitos que deveria de começar a fazer o mesmo...

 

Isto porque, criei este blog dia 10/10/18, com o intuito conseguir manter um estilo de vida mais saudável e ativo - estava eu na expectativa de que, ao ter um cantinho onde pudesse partilhar as minhas conquistas diárias (aka não comi 3 folhados mistos e um pacote de batatas fritas) com outras pessoas, estaria a criar um compromisso comigo e com "os outros" e a contribuir para a continuidade da coisa... - mas na realidade passou-se um mês e eu continuei no ataque aos folhados, às batatas fritas, aos petiscos e à carninha com molho de natas.... *ai deus* 

Como driblar o estresse do fim do ano

Esta falta de vontade que habita em mim, esta inercia que tem andado de braço dado comigo nos últimos 4 anos, tem sido algo que me assusta... 

 

Àquelas pessoas que dizem "só não faz dieta quem não quer. Fazer dieta é fácil, difícil é manter", tenho a dizer: isso é tudo lindo, (perdoem-me os mais sensíveis o palavreado que vou empregar)mas é uma grandessíssima merda! 

 

Nem fazer dieta, nem manter é fácil.. Não, não é! São ambas igualmente difíceis. Não é, como já li por aí algures num blog, fechar a boca e inscrever num ginásio e já está! Fazer dieta, reeducar hábitos alimentares, é muito mais do que isso. Envolve muita força de vontade, muito foco e força para dizer que não às mil e uma tentações que nos rodeiam... ou porque é verão e há mil petiscadas e esplanadas ao final do dia para disfrutar de uma imperial e de um gelado, ou porque é inverno e a comida quentinha (e pesada) é que nos sabe bem, ou porque "chegou" a altura do natal e temos sempre jantares de natal, com grupos diferentes, todas as semanas, ou porque está muito frio e não apetece ir para a ginásio, ou pelo contrário, está muito calor.

 

No fundo, é difícil porque a nossa cabeça inventa desculpas e é aí que temos de trabalhar. E meus amigos, trabalhar o psicológico não é nada, nada fácil! 

 

 

Sobre promessas falhadas


Desde que me lembro de ser gente que a minha relação com a comida é bastante emocional. Estou triste, como. Estou aborrecida, como. Sinto-me sozinha, como mais um pouco. Tive um desgosto amoroso? Como! 

Comecei a ter noção desta realidade mais ou menos por volta dos meus 15 anos. Na altura deveria andar no meu 8º ano. Tínhamos mudado de casa e, consequentemente, mudei de escola. Saí do sítio onde nasci, larguei as pessoas que desde o meu 1º ano acompanhavam o meu crescimento e fui para um sitio novo. Um sitio onde, tal como a minha antiga realidade, todos se conheciam desde infância. 

A adolescência é uma fase péssima. Pelo menos é assim que vejo a minha. Cada vez acredito mais que, as experiências que são tidas nessa altura e o acompanhamento que se faz das mesmas é importantíssimo para o desenvolvimento da personalidade de uma pessoa - mas isso é tema para outras núpcias

15 anos. 72kg. Vestia o 44 de calça. Suava imenso das axilas - era maioritariamente uma questão hormonal, mas o peso não ajudava nada à festa - chegava  a levar uma blusa "suplente" dentro da mochila da escola para mudar no intervalo. 

Apesar do número na balança, da minha altura e do IMC indicar excesso de peso, tenho uma estrutura corporal bonita. E eu passo a explicar - se tem um corpo bonito, porquê esta conversa toda? - o formato do meu corpo é de pêra. Ou seja, não tenho barriga, mas tenho uma anca saliente - jeitosa mesmo, diga-se de passagem - não obstante, tenho uma tendência para engordar assim (geneticamente) simpática. O que acontece é que independentemente de ter curvas bonitas ou não, essa curvas são feitas de: gordura. Sim, gordura! Descobri isso mais tarde quando o conceito - % de Massa Gorda e Massa Magra - entraram no meu dicionário. Para além disso, faço imensa retenção de líquidos e - as(os) mais sensíveis que me perdoem, mas não há forma bonita ou limpinha de dizer isto - tenho um intestino muito preguiçoso o inevitavelmente se traduz em CELULITE. Curvas, mas carregada de celulite. 

Foi mais ou menos no meu 12º ano - não tenho tanto a percepção temporal em termos de idade como acontece com a maioria - na minha memória os "registos estão arquivados" por experiência académica (eu disse que aqui não se aprendia nada) - que, de uma forma inconsciente e despreocupada, comecei a tomar atenção ao que comia e a incluir o exercício físico na minha vida de uma forma quase diária. 

Quando entrei para a faculdade o meu peso já rondava os 66Kg e, na altura, o entusiasmo era tanto de ver o meu corpo a mudar, a perder peso e a definir formas bonitas que apliquei-me como nunca naquela "jornada" e cheguei mesmo à melhor condição física que alguma vez tive: 60,9Kg. 17%MG; Idade Metabólica: 16 anos. 2013 foi sem dúvida um ano de ouro para mim.

O que aconteceu depois? Depois vieram as festas e veio o álcool. Foi no final de 2013 que comecei a consumir álcool  com uma regularidade a que o meu corpo não estava habituado. As idas ao ginásio eram cada vez menos frequentes. Todos os fins de semana havia um evento qualquer e se não houvesse fazíamos nós a festa na casa de alguém. Daí ao deixar de ir ao ginásio foi um "instantinho". Não apetecia. A rotina que antes tinha "ficava a cada bolo" mais difícil de retomar e pensava "vestida, até nem estás assim tão mal". Foi o "deixa andar" completo.

5 anos passaram e nós estamos como? 69Kg. 35%MG. Idade Metabólica: 39 anos. Muita coisa aconteceu em 5 anos, mas acima de tudo: muitas dietas falhadas. Mais do que gostaria de admitir.

5 anos de dietas io-io. 5 anos de vou ao ginásio loucamente durante 3 semanas e depois não meto lá os pés durante 3 ou 4 meses. 5 anos de muitos "começo amanhã", "na segunda-feira é que é", "agora estou de férias, mas quando recomeçar no trabalho aí é que vai ser", "é natal, mas quando começar o ano 201x é que é". 5 anos de muitas desculpas, de muita falta de comprometimento, de amor próprio. Mas sobretudo 5 anos de muitas desilusões com os outros e comigo mesma que resultaram em inúmeras compulsões alimentares, muitos "vou comer para esquecer" porque de facto, empanturrar-me em comida aconchegava-me, deixava-me menos triste, pelo menos até à ressaca. 

Podia agora ter um discurso atenuador e misericordioso. Dizer que a culpa foi das situações que passei, desta necessidade de me refugiar em comida para me sentir melhor, mas a verdade é que não nos podemos definir com base nas coisas menos boas que nos acontecem. Certamente que não somos impermeáveis às mesmas, mas aquela caixa de batatas pringles, um big tasty e umas massas cheias de natas (tudo num dia) compensará? Deixar-te-á menos triste?

Perder peso é difícil, ganhá-lo todo outra vez é fácil. Essa realidade eu conheço bem. Agora quero conhecer o outro lado. Não à segunda-feira. Não no inicio do próximo mês. Muito menos no inicio do próximo ano. Não. Agora!

Sinto que ao criar esta página, crio um comprometimento com cada pessoa que me lê. Acho que quando partilhamos, ganhamos mais do que perdemos.

Podia continuar a dissertar sobre vários temas que aqui abordei - e foram tantos e ainda que em comum, tão diferentes - mas este post já vai longo.. e a probabilidade de o lerem até ao fim reduz a cada palavra que lhe adiciono.

Mude! Adapte-se! Seja livre! Viva!!                                                                                                                                                                                 Mais


O Diário da Bridget Jones Portuguesa

O meu nome é Jéssica, mas também conhecida por Titas, sou uma jovem de 25 anos que já sofre com o peso dos (quase) 30 anos - sim malta, não gozem porque daqui aos t-r-i-n-t-a tenho cá para mim que vai ser um tirinho.
 
Sou apaixonada por animais. Gosto imenso de viajar, mas ainda tenho muitíssimos sítios novos por descobrir. Gosto de bons livros e bons filmes. Gosto de escrever, apesar de, já não o fazer com tanta regularidade. Não gosto de touradas (abomino) apesar da minha família ser aficionada. Gosto da primavera, mas adoro blusas de malha. Gosto de cozinhar - bolos em particular -, mas acho que nunca ficam bem.  Não gosto de noitadas. Gosto de estar apaixonada (pela vida). 
 
Feitas as apresentações (sumárias) em jeito de Alta Definição, de que se trata afinal este blog e o que podem esperar daqui? Hum... Fitness? Lifestyle? Receitas? Uma nova Miss Fit? #iwish ! Não. Este blog mais facilmente se assemelha à realidade de uma Bridget Jones do que de uma Miss Fit - entenda-se no que ao fitness diz respeito. 
 
No fundo, vai ser uma materialização da luta diária por uma % de massa gorda (muuuito) mais baixa, idas ao ginásio mais regulares, rabiosque no sitio e quiça daqui a um ano poder utilizar a hashtag #missfitteam sem me sentir uma fraude. 
 
 
Caramelle&Paturnie: Noi, la Bellezza e la cellulite: io dico No!
 
 
 
 
 
 

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